quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A ILUSÃO





Em época de eleições, a oportunidade de conquistar um lugar à sombra no Poder Público atrai tudo quanto é espécie de criatura. Tem gente boa. Tem gente ruim. Tem candidato sério. Tem o bufão. Tem o real e o caricato. Enfim, o probo e o histriônico compartilham o mesmo desejo. Infelizmente, no currículo da grande maioria,  falta competência e sobram as más-intenções.
O indivíduo retratado, por exemplo, é JOSIAS DE OLIVEIRA, vulgo  "Margarida". Conhecida figura do bairro Jardim Satélite em São José dos Campos, interior de São Paulo,  poderia disputar, pela enésima vez, o cargo de vereador. Ninguém melhor que ele conhece o gosto da derrota nas urnas.  Seus eleitores sabem perfeitamente em quem votar. Decepcionante constatar o fato de que parcela imbecilizada do eleitorado parece aproveitar a ocasião para um deboche coletivo. Fosse o caso, seriam  capazes de eleger até mesmo um desequilibrado mental que os representasse, desde que,  é óbvio, algum resolvesse aparecer. Como discurso, bastariam promessas que nunca seriam cumpridas, muita baixaria e trapalhadas.
Morador da rua Volans, a vizinhança deve sentir muito orgulho dele. Na falta  uma qualificação distinta, apresenta-se como "empresário". Tentamos descobrir que tipo de negócio estaria apto a administrar ou, na melhor das hipóteses,  em qual empreendimento tem, por hábito, se meter. Por conta de magníficos "trabalhos sociais em favelas" que diz desenvolver, sonha acordado que, um dia, aclamado vitorioso e erguido nos braços do povo, entrará triunfante pela porta da frente da Câmara Municipal para ocupar a cadeira que lhe pertence desde o nascimento. Delire ! Destacada liderança na comunidade, vangloria-se,   tendo conquistado o mérito, muito provavelmente, cooptando  pessoas ingênuas ou completamente destituídas de vontade e amor próprios. É a arte de mentir em toda sua plenitude.  Difícil acreditar que haja alguém que não comandando nem a si mesmo ainda possa servir de guia para alguma coisa.  No seu juízo, se é que lhe resta algum, eventuais surtos psicóticos entre outras idiotices,  em nada lhe afetam a moral e a imagem, sendo considerados pro-atividade em favor dos pobres. Pois bem! Se soube conduzir a brilhante carreira até agora, é fácil imaginar o quão notável será também quando que estiver legislando sobre assuntos de suma importância para a população.

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